De acordo com Bruno Garcia Redondo, a base para um futuro financeiro sólido começa com a educação financeira, e quanto mais cedo ela for introduzida na vida de uma pessoa, maiores são as chances de criar um investidor consciente e bem-sucedido. Desde a infância, ensinar noções de poupança, orçamento, consumo consciente e o valor do dinheiro pode transformar hábitos que perduram até a vida adulta.
Em vez de formar consumidores imediatistas, é possível moldar indivíduos capazes de pensar no longo prazo, planejar objetivos e investir com inteligência. A falta de conhecimento financeiro é um dos principais motivos do endividamento crônico e da instabilidade econômica pessoal. Portanto, investir na formação de investidores começa, literalmente, com a educação nas escolas, em casa e nas redes sociais, onde os jovens já estão consumindo conteúdo diariamente.
Qual é o papel da cultura no desenvolvimento de uma mentalidade investidora?
A cultura de um país influencia diretamente a forma como as pessoas lidam com dinheiro. Em muitas sociedades latino-americanas, por exemplo, há uma forte valorização do consumo imediato em detrimento do planejamento financeiro. Isso cria barreiras culturais que dificultam o hábito de investir. Por outro lado, países que promovem a educação financeira como prioridade nacional — como os nórdicos — veem resultados mais sólidos na formação de investidores desde a juventude.

Segundo o procurador Bruno Garcia Redondo, a mudança cultural exige tempo, mas começa com exemplos práticos, histórias de sucesso, acessibilidade à informação e desmistificação do investimento. Mostrar que investir não é apenas para ricos ou especialistas, mas para todos, é uma maneira eficaz de mudar a mentalidade coletiva e incentivar uma cultura voltada à independência financeira.
Como a tecnologia tem democratizado o acesso aos investimentos?
Nos últimos anos, a tecnologia tem desempenhado um papel revolucionário na democratização do acesso ao mundo dos investimentos. Aplicativos, plataformas digitais e conteúdos educacionais gratuitos permitiram que qualquer pessoa com um smartphone pudesse aprender a investir, abrir uma conta em uma corretora e começar a aplicar seu dinheiro com poucos cliques.
Além disso, Bruno Garcia Redondo explica que a gamificação e as redes sociais tornaram o aprendizado mais acessível e interativo, atraindo especialmente o público jovem. Essa transformação tecnológica não só remove barreiras de entrada, como também personaliza o processo de aprendizado e investimento, permitindo que cada investidor tenha uma experiência adaptada ao seu perfil e objetivos.
Quais são os maiores mitos que impedem as pessoas de investir?
Diversos mitos cercam o universo dos investimentos e acabam afastando potenciais investidores. Entre os mais comuns estão: “é preciso muito dinheiro para começar”, “investir é arriscado demais”, “só especialistas entendem disso” ou ainda “vou perder tudo se o mercado cair”. Esses mitos são alimentados pela desinformação e pela falta de experiências práticas no assunto.
Para Bruno Garcia Redondo, a formação de investidores também passa por quebrar essas crenças, mostrando dados reais, exemplos acessíveis e promovendo experiências de aprendizagem gradual. O conhecimento é o principal antídoto contra o medo, e a verdade é que, com planejamento e orientação adequada, qualquer pessoa pode aprender a investir com segurança e constância.
Conclui-se assim que ao formar uma geração de investidores, os impactos positivos se estendem muito além das finanças pessoais. O procurador Bruno Garcia Redondo frisa que uma população financeiramente educada é menos suscetível ao endividamento, mais preparada para lidar com crises econômicas e mais propensa a investir em negócios e inovação. Com mais pessoas investindo, cresce o capital disponível no mercado, fortalecendo empresas, estimulando o crescimento econômico e criando empregos.
Autor: Ronald Smith
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