A cidade de Cuiabá vive um momento de expectativa em relação ao futuro da mobilidade urbana com a possibilidade de adoção de um modal moderno e mais eficiente. A visita recente do prefeito Abilio Brunini a Curitiba marcou não apenas a presença em evento de inauguração do Bonde Urbano Digital, mas reacendeu o debate sobre a substituição do sistema de BRT por uma solução mais sustentável e tecnológica. A escolha por um modelo de transporte que combina inovação com aproveitamento de infraestrutura existente representa uma aposta ambiciosa para reorganizar o trânsito e oferecer mais conforto à população.
Durante sua estadia em Curitiba o prefeito observou de perto o funcionamento do BUD, destacando aspectos como a operação sem trilhos físicos, guiagem por sistema magnético e a capacidade de transportar um número maior de passageiros com menor impacto ambiental. Essa tecnologia, já em fase de operação no Paraná, chamou atenção pelo potencial de integração com a malha urbana já existente. A avaliação feita por Abilio demonstra abertura para modernização, reforçando interesse em substituir o sistema atual por algo que represente avanço em termos de eficiência e praticidade para o cidadão cuiabano.
A proposta de implantar o BUD em Cuiabá surge em um contexto de busca por soluções que unam economia, acessibilidade e sustentabilidade. Manter a infraestrutura já construída para o BRT e apenas substituir o tipo de veículo possibilita economia de recursos públicos e agilidade na implementação. Além disso, a adoção de transporte elétrico ou de baixas emissões favorece a qualidade do ar e a mobilidade urbana com menor poluição. A projeção de eficiência econômica e ambiental é um dos pilares que justificam o debate sobre a adoção do modal.
Mas a implementação de um sistema moderno como esse exige planejamento cuidadoso e diálogo amplo com a população. É necessário avaliar o impacto no trânsito, a adequação das vias, integração com demais modais, custo-benefício e acessibilidade para todos os usuários. A transparência no processo e o acesso à informação sobre prazos, mudanças e benefícios reais à população são fundamentais para que a adoção seja bem aceita e sustentável. A gestão pública precisa considerar a opinião dos cidadãos e garantir que o novo sistema responda às necessidades locais.
O debate sobre transporte público em Cuiabá também envolve a concepção de mobilidade como serviço público essencial, que determina qualidade de vida, deslocamentos diários e o desenvolvimento urbano. A adoção de modais inovadores não é apenas uma questão técnica, mas de inclusão social, redução de desigualdades e melhoria no cotidiano das pessoas. Oferecer transporte de qualidade significa ampliar as oportunidades de acesso a emprego, educação e lazer, transformando a cidade e valorizando o espaço urbano.
A escolha por um modal moderno pode também impulsionar a imagem de Cuiabá como cidade que busca inovação e sustentabilidade, atraindo investimentos e fortalecendo a governança local. A adoção de tecnologias avançadas, aliada a políticas públicas bem estruturadas, pode servir como exemplo para outras cidades da região e consolidar o compromisso com o desenvolvimento urbano responsável. A modernização do transporte pode ser um marco para a capital, demonstrando visão de futuro.
Contudo, para que o projeto se concretize sem contratempos é essencial que haja estudo técnico, impacto ambiental, viabilidade econômica e participação popular. A implantação de um sistema de transporte não se limita à aquisição de veículos: depende de infraestrutura adequada, manutenção, regulação, educação para o uso e adaptação da população. O debate sobre o Bonde Urbano Digital em Cuiabá deve caminhar com responsabilidade, planejamento e compromisso com a eficiência.
Em síntese, a perspectiva de trazer o Bonde Urbano Digital para Cuiabá representa uma grande oportunidade de renovar a mobilidade urbana, combinar economia com inovação e repensar o transporte público com foco na sustentabilidade e inclusão social. A decisão sobre adotar ou não esse modal dependerá de avaliação técnica e diálogo com a sociedade, mas a abertura ao debate já sinaliza mudança de rota para o futuro da cidade.
Autor: Ronald Smith










