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Câmara de Cuiabá Inicia CPI para Investigar Transporte Público

A Câmara Municipal de Cuiabá instaurou recentemente uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar possíveis irregularidades no transporte público da cidade. O objetivo é analisar a qualidade do serviço, a gestão financeira e a transparência dos contratos das empresas concessionárias. A iniciativa surge em meio a diversas reclamações da população sobre atrasos, superlotação e condições precárias dos ônibus. Com a abertura da CPI, a expectativa é que soluções concretas possam ser propostas para melhorar o transporte coletivo da capital mato-grossense.

A proposta de criação da CPI foi apresentada pela vereadora Samantha Iris (PL), que argumentou a necessidade de um olhar mais rigoroso sobre o funcionamento do transporte público na cidade. O requerimento foi protocolado no início de fevereiro e já recebeu parecer favorável da Procuradoria da Câmara Municipal. A CPI será responsável por investigar diversos aspectos do sistema, incluindo os subsídios pagos pelo município, o valor das tarifas e o cumprimento dos contratos por parte das empresas responsáveis pelo serviço.

Um dos principais pontos de atenção da CPI será a arrecadação e a destinação dos recursos financeiros provenientes do transporte público. A comissão pretende analisar se há falta de transparência na gestão desses valores e se os investimentos realizados são compatíveis com as necessidades da população. Além disso, serão investigadas as condições dos veículos utilizados no serviço, garantindo que a frota atenda aos padrões mínimos de segurança e conforto para os passageiros.

A insatisfação da população com o transporte público tem sido um fator determinante para a criação da CPI. Usuários frequentemente relatam problemas como horários irregulares, veículos lotados e falta de infraestrutura adequada nos terminais de ônibus. Muitos também questionam os reajustes na tarifa, argumentando que o valor cobrado não condiz com a qualidade do serviço oferecido. A CPI pretende ouvir representantes dos usuários para compreender melhor essas demandas e propor mudanças efetivas.

A composição da comissão investigativa ainda está sendo definida, mas já se sabe que a presidência ficará a cargo da vereadora Samantha Iris. Os demais membros serão escolhidos em plenário, garantindo que diferentes partidos estejam representados no processo. Essa pluralidade é essencial para que a investigação seja conduzida de maneira imparcial e baseada em critérios técnicos, evitando qualquer interferência política que possa comprometer os resultados.

Os trabalhos da CPI terão um prazo inicial de 120 dias, podendo ser prorrogado caso seja necessário aprofundar as investigações. Durante esse período, serão realizadas audiências públicas para ouvir usuários, especialistas em mobilidade urbana e representantes das empresas responsáveis pelo transporte público. Além disso, a comissão terá acesso a documentos e contratos para verificar se há irregularidades na prestação do serviço e no uso dos recursos públicos destinados ao setor.

A instalação da CPI representa um passo importante para a fiscalização do transporte público em Cuiabá. A investigação poderá revelar falhas na gestão do serviço e apontar caminhos para melhorias, garantindo que a população tenha acesso a um transporte coletivo mais eficiente, seguro e acessível. Caso sejam identificadas irregularidades graves, as empresas envolvidas poderão sofrer sanções e até mesmo perder os contratos de concessão. A Prefeitura também será cobrada a tomar providências para corrigir os problemas apontados.

A população cuiabana acompanha atentamente o desenrolar da CPI, na esperança de que as investigações resultem em mudanças reais no transporte público da cidade. Com uma fiscalização mais rigorosa, espera-se que os problemas que afetam o dia a dia dos usuários sejam resolvidos e que um serviço de qualidade seja finalmente garantido. A CPI do transporte público de Cuiabá tem potencial para ser um marco na busca por uma mobilidade urbana mais eficiente e justa para todos.

Autor: Ronald Smith
Fonte: Assessoria de Comunicação da Saftec Digital