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Estudante da UFMT faz ‘chá revelação’ para descobrir se universidade terá greve ou não

Vai ser greve ou vai ser aula? essa foi a pergunta que a estudante Gabriela Bulhões fez aos colegas durante um ‘chá revelação’ realizado dentro da universidade.

A estudante de Música da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Gabriela Bulhões, de 21 anos, fez um ‘chá revelação’ para descobrir se a universidade entraria em greve ou não. A jovem publicou um vídeo nas redes sociais explicando a dinâmica da brincadeira.

Segundo ela, a cor rosa significaria que a greve seria instaurada e azul que as aulas continuariam normalmente. No final da publicação podemos ver a estudante partindo um bolo cor-de-rosa.

O g1 conversou com a universitária que disse se sentir triste com a paralisação, mas que entende a motivação dos grevistas.

“Não da para negar que ficamos tristes de estar parando a graduação, mas a gente não é contra. É um direito de todo servidor público protestar pela melhoria das suas condições de trabalho. É uma coisa que não está no nosso controle, então o que resta é achar graça da situação”, disse.

Nessa sexta-feira (17), os professores aprovaram a greve por tempo indeterminado nos câmpus de Cuiabá, Várzea Grande, Sinop e Barra do Garças. A aprovação aconteceu durante assembleia realizada nesta sexta, na universidade. Foram 216 Votos a favor, 90 votos contra e três abstenções.

A categoria reivindica:

Reestruturação de carreira
Recomposição salarial e orçamentária
Revogação de normas aprovadas nos governos Temer e Bolsonaro
O que diz o governo
Os Ministérios da Educação (MEC) e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) informaram apresentaram uma nova proposta para os docentes de institutos e universidades federais. Os aumentos de salário vão de 23% a 43% até 2026, considerando o reajuste de 9% já garantido em 2023 pelo governo Lula, depois de seis anos sem reajuste.

Dessa forma, o salário inicial de um docente passaria de R$ 9.916 (salário em abril de 2023) para R$ 13.753. Já o salário para professor titular, no topo da carreira, iria de R$ 20.530 (abril de 2023) para R$ 26.326.

“A proposta apresentada prevê pagamento do reajuste em duas parcelas: janeiro de 2025 e maio de 2026. Prevê, ainda, uma reestruturação de classes e padrões da carreira docente, com destaque para a aglutinação das classes iniciais. Isso vai garantir reajuste maior na entrada e maior atratividade. Os steps de progressão passariam de 4% para 4,5% em 2025; e para 5% em 2026. O padrão C1 passa de 5,5% para 6%. O controle de ponto e frequência seria padronizado entre professores do magistério superior e professores do ensino básico, técnico e tecnológico (EBTT)”, diz.